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Uma provocatória instalação sonora e cenográfica (ou happening musical, ou…) assinada por György Ligeti (1923-2006), compositor que acrescentou outros sons ao universo da música contemporânea, a partir de um diálogo indisciplinado com os movimentos de vanguarda e a tradição. Desta feita com o apoio musical de Mário Teixeira.
Nesta peça, concebida em 1962 (período em que ensaiou uma aproximação aos pressupostos políticos e estéticos do grupo Fluxus), Ligeti explora um conceito que nunca deixou de o fascinar: a combinação de várias linhas musicais a ritmos e andamentos distintos. Em cada grupo de dez, os metrónomos são regulados a diferentes velocidades. O resultado começa por ser caótico, próximo de uma sinfonia polirrítmica, mas do seu abrandamento gradual, provocado pela perda de energia, vão emergindo padrões rítmicos regulares, até restar apenas o tiquetaque de um aparelho. O resto, como no teatro, é silêncio.
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